sábado, 28 de maio de 2016

Elegia

Onde andará Dilmar?

Por anda Dilmar? Tem família, tem filhos, tem uma filha de nome Clara? Clarice? Onde estará, onde estará, que dirá, que dirá, que diria se um dia me vir de novo? Oi, você se lembra de mim? O que você faz agora? Eu casei e tenho uma filha de nome Clara. Já olhava com ansiedade pra essa cena. O que acontece, o que deveria dizer. E você, o que fez, se graduou, casou, matou, que fez de sua vida, pois bem, estudei, estudei e continuo.

Por onde andará Dilmar?

Chamo seu nome baixinho: Dilmar? Baixinho, quase um silêncio, só para mim mesmo, sem ninguém ouvir: Dilmar? Falo em tom mais forte agora quase pra iniciar uma conversa. Dilmar? Energicamente sigo prostrado com a resposta silente, Dilmar? Finalmente grito a plenos pulmões e chego a assustar as pessoas: DILMAAAAAAAARRRRRR???

Silêncio.
When I am laid in earth, may my words create no trouble in thy breast...
Remember me, oh yes, remember me but AH! Forget my fate...

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Nossa esperança com elas.

E em meio a tudo isso, uma cassação às bruxas dos políticos, metade da classe política envolvida em escândalo outra metade com pacto com diabo, as histórias vão acontecendo. Como a história do poliamor entre Ana, Veronica e Nina, a história de amor entre Nina e Veronica que virou poliamor da Ana, três se amando sem caber.

Não há cabimento para o poliamor. Poliamor, como todo e qualquer amor não cabe.

E no meio desta baixaria que estamos passando no país, vou lendo a história de poliamor de Ana, Nina e Veronica, porque a beleza acaba aparecendo por aí desapercebida, a história dos dramas, dos medos, das angústias e dos conflitos poliamorosos sem cabimento delas. Porque amor se ou não poli, não cabe.

Passa no meio de tudo isso, se entremeia nas histórias das sujeiras coletiva, limpando o tecido da esperança.

Nossa esperança é com elas.

http://piaui.folha.uol.com.br/materia/cenas-de-um-casamento/