domingo, 20 de setembro de 2009
Der erste deutsche Text.
Para onde?
sábado, 19 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Auschwitz
No meu entender, não existe nenhuma diferença entre os carrascos de Auschwitz e esses "benfeitores da humanidade"."
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Preparação para a Morte
Cada flor,
Com sua forma, sua cor, seu aroma,
Cada flor é um milagre.
Cada pássaro,
Com sua plumagem, seu vôo, seu canto,
Cada pássaro é um milagre.
O espaço, infinito,
O espaço é um milagre.
A memória é um milagre.
A consciência é um milagre.
Tudo é milagre.
Tudo, menos a morte.
Bendita a morte, que é o fim de todos os milagres.
sábado, 12 de setembro de 2009
Agora
no meio do coração,
com palavras preparadas
a disparar, metralhadas.
Uma rajada de vento
na vela bruxuleante
dançando pra cá e pra lá,
até se apagar.
Um desengano,
que não era pra ser
esturricou outra vez
destino lúgubre e profano.
E a vida seguiu, inevitável.
Aconteceu na Sé
O prêmio cabeça raspada
vai marchando, cortejo afora
diluindo com a chuva esboeirada
se prende nas consciências nodosas.
Já era tarde quando passavam
em ritual carro condolente,
o que ia por ali não pronunciavam,
apenas um contínuo silente.
Ninguém soube quando
começou a vida a vazar
pra fora dos corpos terminando
por completo a os deixar.
Mas o início de tudo
sucedeu antes, disse o tempo,
a cidade ainda dormente
levantava findo o crepúsculo.
Em tal hora infâme
levantou-se a mão afiada
e em destino sorrateiro
se encontrou à pele delicada.
Era crime de ódio
disse a multidão alvoroçada.
Mas um olhar penetrou o jovem
fez a cena revelada.
Não era ódio o motivo
de tanto ardente estupor.
Sobre os corpos em alívio,
o crime era de amor.
Ao crime de se deixar amar
souberam com a vida pagar
este jovem de nome Mateus
e aquele de nome João.
Seu único mal fora
o amor de si mesmos,
que de tanto amor,
acabou em vermelho tingido.
Não se lhes prestaram honrarias
nem se lhes breve disseram
"foram ambos honestos homens".
Só o carro, na rua fúnebre, seguia.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
A Hora da Estrela: Clarice.
quem era. Só depois é que pensava com satisfação: sou datilógrafa e virgem, e gosto de coca-cola. Só então vestia-se de si mesma, passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser..."
"...Mas um dia viu algo que por
um leve instante cobiçou: um livro que Seu Raimundo,
dado a literatura, deixara sobre a mesa. O título era
"Humilhados e Ofendidos". Ficou pensativa. Talvez
tivesse pela primeira vez se definido numa classe
social. Pensou, pensou e pensou! Chegou à conclusão
que na verdade ninguém jamais a ofendera, tudo que
acontecia era porque as coisas são assim mesmo e não
havia luta possível, para que lutar? ..."