domingo, 20 de setembro de 2009

Para onde?

Me perdi e não há conserto.
Foi nalgum lugar entre há 4 dias e o não sei.
Ficou uma sensação estranha,
ou era a vida deixando de ser,
ou eu mesmo, não soube bem.

Fui juntar os restos,
limpar os estragos.
Avaliando os danos,
tentando chegar à conclusão
o que seria de me perder, resolução.

E depois das conclusões
não soube ponderar
se danos irreparáveis
se um bandeid me deixaria
consertado de perdições...

Afinal, o que há para se consertar?
Se conserta realidade que já é,
que não voltará
em tempo de se arrepender,
ou se a deixa sobre ela pairar?

É idéia finda,
todo o mote da discussão
de se perder ou não,
começaria antes,
se para se achar houvesse solução.

Com isto chego à resolver:
não se pode perder
o que nunca se esteve achado.
Se perder era outra coisa.
Uma coisa de futuro, postulado.

Então, apenas digo,
depois de me perder.
De perder os cálculos estimativos
Onde foi que fiquei e me deixei
Para perder os rumos e abrigo.

Só no depois é que posso
escrever o me perder.
Mas também nisto estou perdido
sozinho e sem dica.
Deixando a perdição sair.

Afinal, toda vez que perdido.
Sigo descobrindo,
se de dentro pra fora,
a realidade constrói-se de momento,
ou de fora pra dentro.

2 comentários:

  1. "não se pode perder
    o que nunca se esteve achado."
    Sim, exatamente isto...
    Me identifiquei com seu momento!
    Amo seus textos!
    Beijo na alma!

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  2. Só nao se perca ao ponto de nos deixar sem suas palavras tão lindas!

    TE AMO muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitttooooo!

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