Algumas experiências são deste tipo: não sei onde me começo e onde me termino. Em algumas experiências, uma subjetividade intensa nova violenta o corpo, rasga-o, o destrói, o corpo acostumado com o repousar em seu subjetivo. Entra à força, abrindo caminho qual animal selvagem no debandear da manada. Que no fim se diz, alguma coisa ficou a mais em mim (e está independente da pergunta se gosto, se quero e o que é). Algumas experiências, aquelas em que ter controle de si sumiu.
Há neste momento algo em mim. Algo que, parece, terei de vomitar. Ou não sairá.
domingo, 25 de agosto de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Sorteio das palavras
Jogo com começo-meio-fim. Truque na é sentido frase fazer. Palavras ordem sorteadas as são sem. Interpretar perde se se mas problema não há: sorteio é novo fazer um.
Amor
Visceral é o amor
certeiro no peito a faca crava
com força afunda recado à dor
o peito que se inocente era, deflorou
visceral é amar
amar sem amor pra
amar e se propor a amar
e se opor a mar
com fundo perdido
peito aberto ferido
esta imagem do outro, amar
amar-se sobretudo de espelho.
amar de mar balança em rebeldia
amor que é desobedecer.
certeiro no peito a faca crava
com força afunda recado à dor
o peito que se inocente era, deflorou
visceral é amar
amar sem amor pra
amar e se propor a amar
e se opor a mar
com fundo perdido
peito aberto ferido
esta imagem do outro, amar
amar-se sobretudo de espelho.
amar de mar balança em rebeldia
amor que é desobedecer.
Sou eu
Sou eu, o fracasso, bom dia. Um desajuste. Uma negação da inteligência. Sou o acontecimento obscuro, a face que não se quer mostrar, o que não se quer olhar. Há muita elegância em não se ser nada, repara. Há uma elegância irrestrita, que poucos atinge, a elegância do que é aparte. Do que não se integra. Mas se bem se pensa. Esta elegância é toda nossa. É tudo o que temos. De nos sentirmos fragmentados em pequenos pedacinhos incomunicáveis. Entre si e com os outros. Mas não era isso. Era o desajuste. Não há grande coisa em se sentir um desajuste. Em não fazer nada. Em não vencer na vida (como é que se vence na vida? Seria caso de ler verbete em dicionário: "vencer na vida"). Qualquer um faz isso em tentar não fazendo nada. Não faço nada. E não achei a elegância nisso. O truque é contudo tentar ansiosamente e falhar. Aí está.
Dizemos ainda, contudo... tentar e falhar, é fácil também qualquer um o faz.
Bom então a pequena elegância esteja em seguir tentando e falhando. Mas é coisa de quem está predisposto a respirar, seguir tentando. Oras. Me escapou a beleza... Porque acabo vendo que... naquilo que me era único, que eu era diferente... é o que todos somos iguais.
Dizemos ainda, contudo... tentar e falhar, é fácil também qualquer um o faz.
Bom então a pequena elegância esteja em seguir tentando e falhando. Mas é coisa de quem está predisposto a respirar, seguir tentando. Oras. Me escapou a beleza... Porque acabo vendo que... naquilo que me era único, que eu era diferente... é o que todos somos iguais.
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