Sou eu, o fracasso, bom dia. Um desajuste. Uma negação da inteligência. Sou o acontecimento obscuro, a face que não se quer mostrar, o que não se quer olhar. Há muita elegância em não se ser nada, repara. Há uma elegância irrestrita, que poucos atinge, a elegância do que é aparte. Do que não se integra. Mas se bem se pensa. Esta elegância é toda nossa. É tudo o que temos. De nos sentirmos fragmentados em pequenos pedacinhos incomunicáveis. Entre si e com os outros. Mas não era isso. Era o desajuste. Não há grande coisa em se sentir um desajuste. Em não fazer nada. Em não vencer na vida (como é que se vence na vida? Seria caso de ler verbete em dicionário: "vencer na vida"). Qualquer um faz isso em tentar não fazendo nada. Não faço nada. E não achei a elegância nisso. O truque é contudo tentar ansiosamente e falhar. Aí está.
Dizemos ainda, contudo... tentar e falhar, é fácil também qualquer um o faz.
Bom então a pequena elegância esteja em seguir tentando e falhando. Mas é coisa de quem está predisposto a respirar, seguir tentando. Oras. Me escapou a beleza... Porque acabo vendo que... naquilo que me era único, que eu era diferente... é o que todos somos iguais.
domingo, 4 de agosto de 2013
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