Nos montes levadas ao mar
Nos mares mergulho ao fundo
A fundo sem mais balançar
As folhas que dormem serestas
Descansam rugosas deitadas
Na aurora são secas e mesclas
Terminam serenas, delgadas
As folhas que soltas das árvores
Torneiam em cores no ar
Planando por novas veredas
Caminhos sem medo a vagar
Tais folhas que deixam floresta
As vê o menino a viajar
Marcando com sombra sua testa
Na frágil memória habitar
As folhas que ao longe chegaram
Findando o outono a serpear
Trespassam o inverno semente
Primavera a continuar.
São folhas que fulgem dolentes
No instante seguinte a apagar
Respeitam o ciclo valentes
Do constante deixar passar.
(aos meus amigos, Kim e Douglas).
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