A imagem do pintinho é o herdar de vazio. O milagre da vida se faz toda vez que o vazio é herdado. Há na vida, um final. (Não diga obviedades, reclama o revisor). Um fim que é a quebra do vazio que se herda. Quando não há mais nenhum vazio a ser herdado. É porque ela se transformou no próprio vazio e será herdada. Her-dada (à Terra?). (Há a Terra? Nesta crueza até aqui... nem-nada se criou... o que seria a Terra?). Completo ciclo de heranças e riquezas. Heranças e riquezas, dentro do vazio. A vida vai portanto se esvaziando.
Daqui até ali, só o que se espera é a morte. O pintinho não sabe disso, porque não chegará a pensar "estou vivo". (Não diga novas obviedades, me adverte desta vez o revisor). Mas a morte espreita enérgica a cada esquina de tempo. Sabe o momento exato de atacar. Ou nem se quer que isto saiba, apenas está por ali esperando um momentito descuidado. Que sabemos nós afinal sobre a distinta senhora? (nós? e há aqui algum "nós" introduzido a priori?...).
Calha que este pintinho chega a virar uma galinha. No meio do caminho entre uma coisa e outra há o processo de esquecimento do vazio. (E já aqui outra transgressão: onde é que se definiu o que é o esquecimento das cousas?). Vai da memória do pintinho vazando a lembrança do vazio. É uma que se poderia dizer que todos conhecem. Até então a morte espreitosa. Dona de formas e vestimentos escorregadios. De um só golpe na foice, e recupera a galinha, o pintinho, o ovo o vazio: recupera por quebrá-lo. Por se unir a ele.
Não somos nós mas a morte mesmo chega a dizer com um riso discreto: começou a vida começa quando se herda o vazio. Termina no momento exato em que ele se quebra... termina pois por se transformar no vazio que de início herdou.
Calha que este pintinho chega a virar uma galinha. No meio do caminho entre uma coisa e outra há o processo de esquecimento do vazio. (E já aqui outra transgressão: onde é que se definiu o que é o esquecimento das cousas?). Vai da memória do pintinho vazando a lembrança do vazio. É uma que se poderia dizer que todos conhecem. Até então a morte espreitosa. Dona de formas e vestimentos escorregadios. De um só golpe na foice, e recupera a galinha, o pintinho, o ovo o vazio: recupera por quebrá-lo. Por se unir a ele.
Não somos nós mas a morte mesmo chega a dizer com um riso discreto: começou a vida começa quando se herda o vazio. Termina no momento exato em que ele se quebra... termina pois por se transformar no vazio que de início herdou.
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