segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Devagar,
o tempo transforma tudo em tempo.
O ódio transforma-se em tempo.
O amor transforma-se em tempo.
A dor transforma-se em tempo.
Os assuntos que julgamos mais
profundos, mais impossíveis,
mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
Mas, por si só, o tempo não é nada,
a idade não é nada, a eternidade não existe.

José Luís Peixoto

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O que bate

Não queria deixar de sentir. Juro. Queria sentir tudo. Beber completamente. Tudo me apraz.
Não me apraz porque é gostoso. Tem muita coisa que dói de a gente sentir. Apraz porque existe.

E se tudo correr bem um dia vou parar de bater. Vou parar de ver, sentir e cheirar, e muito mais importante, vou parar de escutar. Parar de Beethoven, Chopin e Bach.

E quando parar de Verdi, de Puccini e de é porque eu cheguei no ponto que não tinha mais volta. Há um ponto assim pra tudo. Afinal, está aí o tempo correndo.

Mas... mesmo assim... eu não queria parar de sentir.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Zeitgeist?

Ohne Leben zu sterben wurde die Wirklichkeit, Abwesenheit. Die Zukunft geschiet wie ein Fabul. Sie wird da sein aber ist was anders. Ein Köder.

Gleichfalls ist die Vergangenheit bzw. was man darüber denkt. Was bleibt denn wenn man hinter oder vor der Moment sein könnte. Was wenn alles was geschiet ist, bekommt eine Erinnerung, ist was geredet, was erzählt, wenn die Zukunft nur in eine Wahrscheinlichkeit Summe löst, und die Vergangenheit nichts mehr als chemischer Stoff in unsere Bücher und Gehirn.

Denkt man dass, genau die Zukunft wird plötzlich da sein, und die Vergangenheit wie geschriebene geworden war. Das sind aber nur dumme Idee von eine faule Bewusstsein...

Falls irgendein nicht bemerkt hat, (und offensichtlich nicht), es gibt, natürlich, keine Zukunft aber diese die in jeder Moment wird (und nie, wie gehofft), und Vergangenheit ist eine summe von falschen Erinnerungen, falschen Vorfälle, falschen Geschichte die sich festlegen um uns sicherzustellen dass wir eine Existenz gehabt haben. Sie existieren nur wie geschwebte Eindrücken... Als ob eine Kleidung im Gehirn existierte, und unsere Gedächnis kleinen Punkte mit Datum da hängt. So ist, und merken wir die Zeit.

Die Zukunft ist so eine komische Idee. Wo ist sie oder wann.

So, was könnte die Wirklichkeit endlich sein? Wie merken wir die Zeit...
Nur gute Frage für das "Nichtgedanken".

O Passado

O passado é como elementos químicos. Ou tinta nos livros, ou moléculas no cérebro. Há outras manifestações do passado também, é o que se reclama. Há fitas de filmes, há a matéria orgânica dos museus, há as atas constituintes, há até fósseis. Em sua abrangência completa, não mais do que outros elementos químicos que.

Em todos os casos, infalivelmente, vão se decompor.

E quando se decompoem. O passado passa a ser não mais que.

A soma do interesse da civilização em refazer o que foi decomposto.

(não há mais passado, que o interesse pelo que parte dele foi).