sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Aquela do Caio...

Não sei como me defender dessa ternura que cresce escondido e, de repente, salta para fora de mim, querendo atingir todo mundo. Tão inesperada quanto a vontade de ferir, e com o mesmo ímpeto, a mesma densidade. Mas é mais frustrante. Sempre encontro a quem magoar com uma palavra ou um gesto. Mas nunca alguém que eu possa acariciar os cabelos, apertar a mão ou deitar a cabeça no ombro. Sempre o mesmo círculo vicioso: da solidão nasce a ternura, da ternura frustrada a agressão, e da agressividade torna a surgir a solidão. Todos os dias o ciclo se repete, às vezes com mais rapidez, outras mais lentamente. E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim...

Digitando

schöne männer
beautiful men
homens bonitos
bei ragazzi

no google, as imagens que aparecem (os quatro espectros absolutamente semelhantes), de um mesmo modelão, nos denunciam nesse mundo globalizado. Estamos falando todos a mesma língua: a da miséria.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Mayday

"-Mayday... mayday. Mayday... mayday... I'm sinking, I repeat, I'm sinking!
-Mayday, could you repeat please?
-Mayday... mayday... I'm sinking.
-Mayday... What are you thinking about?"

Retirado de uma propaganda sobre escola de inglês na Alemanha, mas que pode muito bem servir pra quando o cidadão se sente perdido...