sábado, 1 de agosto de 2015

Luto,

luto com as armas que tenho
sangue, mortes e amores e violência
a ópera das dores e da demência

Se soubesse com outra coisa lutar
se soubesse usar do bem-estar
estaria a cerzir colunas sociais
desceria ao leitor as boas morais

Mas que estranha esta luta
que estando sozinho nos meus gostos
que sem companheiro pra desgostos
deixo intacto o grande circo do sonho

Peço licença pra me derramar
e rendo homenagem àqueles que
não como eu na maneira de lutar
de seu bom prazer de bem-estar
tenham a boa-ventura de um dia morrer
sem me escutar querer

(Quase Anônimo)