sábado, 28 de maio de 2016

Elegia

Onde andará Dilmar?

Por anda Dilmar? Tem família, tem filhos, tem uma filha de nome Clara? Clarice? Onde estará, onde estará, que dirá, que dirá, que diria se um dia me vir de novo? Oi, você se lembra de mim? O que você faz agora? Eu casei e tenho uma filha de nome Clara. Já olhava com ansiedade pra essa cena. O que acontece, o que deveria dizer. E você, o que fez, se graduou, casou, matou, que fez de sua vida, pois bem, estudei, estudei e continuo.

Por onde andará Dilmar?

Chamo seu nome baixinho: Dilmar? Baixinho, quase um silêncio, só para mim mesmo, sem ninguém ouvir: Dilmar? Falo em tom mais forte agora quase pra iniciar uma conversa. Dilmar? Energicamente sigo prostrado com a resposta silente, Dilmar? Finalmente grito a plenos pulmões e chego a assustar as pessoas: DILMAAAAAAAARRRRRR???

Silêncio.
When I am laid in earth, may my words create no trouble in thy breast...
Remember me, oh yes, remember me but AH! Forget my fate...

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