segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

De Sueli Rezende

Ô seu Manuel, tenha compaixão
Tira nós tudo desta prisão
Estamos todos de azulão
Lavando o pátio de pé no chão
Lá vem a bóia do pessoal
Arroz cru e feijão sem sal
E mais atrás vem o macarrão
Parece cola de colar bolão
Depois vem a sobremesa
Banana podre em cima da mesa
E logo atrás vem as funcionárias
Que são umas putas mais ordinárias.

Interna do Hospício de Barbacena, o "Colônia", morrida em 2005, pouco tempo antes de sua filha a ter procurado para 'reatar laços' (em 2006). Uma das 60 mil pessoas que ali morreram ao longo do século XX-I. E que deixou obra. Contada no livro de Daniela Arbex... "Sueli e Débora (sua filha), vítimas da loucura dos normais".

(...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário