quarta-feira, 19 de agosto de 2009

As proporções continentais.

Nas proporções continentais, que tenho lido, dos relatórios "viciados" de fundos como FMI, Banco Mundial e órgãos correlatos, temos que a União Européia, os EUA e Japão somam em suas populações algo em torno de 0,94 bilhões de habitantes (2008), ou o correspondente a 14% do total do Globo. Estes mesmos países somam, em relação ao PIB, produto interno bruto do planeta em torno de 51% do total, um valor 3,5 maior do que o que seria a média: 33 trilhões de dólares. O número 3,5 maior é do fato de se compararmos a população de 6,7 bilhões com o PIB de 65 trilhões.

Num grito distoante disto está o continente africano, e o Sul da Ásia. No continente africano, temos uma população igual à do grupo supracitado (0,93 bilhões de habitantes), e ao mesmo tempo, um PIB  total de 1,25 bilhões de dólares, o que significa 27 vezes menos do que o PIB Europa-EUA-Japão. Sul da Ásia, por sua vez, tem uma população perto de 2 bilhões e um PIB também não maior do que as proporções africanas.

Nos grupos intermediários, entram alguns países latino-americanos, China, Rússia (tendendo ao primeiro grupo contudo) e Oriente médio.

Dos demais, Oceania e tigres asiáticos, se aproximam do primeiro grupo em termos percentuais.

Isto é uma análise bastante parcial contudo. Porque, no fundo do nosso quintal, o Brasil, ocupando uma posição intermediária entre as pobrezas e as riquezas, tem ainda a dimensão catastrófica da miserabilidade advinda de uma história corruptiva, que corrobora  com a má distribuição dos recursos. Se na África, subexistem estas populações inteiras miseráveis, na mesma instância, no Brasil 15% da população (minimamente) se encontra em situação extremamente precária. Extremamente precária quer dizer abaixo de qualquer índice mínimo relativo à subexistir (que está muito aquém do existir).

É só esta a tarefa que nos falta para os nossos próximos anos.

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